quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Tendências da Economia Arujaense: Oportunidades e Ameaças

A tendência da economia arujaense para os próximos anos é de forte expansão, sobretudo após a construção dos trechos Norte e Leste do Rodoanel, os quais colocaram o município na rota dos grandes investimentos empresariais (Aurora Alimentos, Santher, Atacadista Assaí, Shopping Jardim Arujá, Complexo JM 600, Hotel Íbis, etc.).
Nesta linha, ceteris paribus, paralelamente, haverá um crescimento expressivo de sua população, renda e consumo, os quais criarão um cenário muito positivo para o surgimento de novas empresas e expansão das já instaladas, principalmente micro e pequenos empreendimentos, dada a crescente demanda por bens e serviços.
Porém, o sustentáculo desta locomotiva de crescimento está calcado também na política macroeconômica do país. O cenário positivo destacado anteriormente parte das seguintes premissas (os quais o governo afirma que está trabalhando para alcança-las e tenta sinalizar isto para o mercado):
·     Recuperação do crescimento do PIB Nacional;
·    Avanço do PIB Global, principalmente dos países de destino das exportações arujaenses (China, Estados Unidos, MERCOSUL, etc.);
·     Inflação Controlada, dentro da Meta (e, de preferência, no Centro);
·     Taxa de juros em um patamar favorável para facilitar o acesso ao crédito;
·    Taxa de câmbio próximo ao equilíbrio (posto que a indústria arujaense, a qual é fator chave para o crescimento econômico local, importa grande parte dos bens de capital e insumos);
·      Aumento da Poupança Pessoal (aumento do crédito para os investimentos projetados);


Em um cenário de pautado pela redução do PIB Nacional, inflação alta, aumento da taxa de juros e desequilíbrio cambial, o potencial de expansão da economia arujaense, frente à construção dos trechos Norte e Leste do Rodoanel, ficará comprometido, tornando-se, deste modo, ameaça para ações empreendedoras e o dinamismo dos negócios.
Cabe destacar também a importância para a criação de um programa "Client Service", sob a incumbência da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o qual seria a linha de apoio para todos os investimentos na cidade, colocando-se a disposição do empresariado todo o aparato necessário para abertura e/ou expansão dos negócios, sendo parceiro para eliminar qualquer gargalo (treinamento de mão de obra, por exemplo) que possa impedir com que tal inversão não se concretize na cidade.
Além disto, sob a ciência do potencial e estratégia para o desenvolvimento econômico e social de Arujá, o programa seria de grande relevância para se atrair empreendimentos, até mesmo estrangeiros, de modo ativo, selecionando-se"clientes-alvo" para o município, dentro do escopo desenhado.

Caio Araújo é Economista, Sócio da Consultoria Grupo Meu Negócio. Morador de Arujá, SP.


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terça-feira, 16 de junho de 2015

Por que Investir em Arujá?

O Grupo Meu Negócio fez um estudo inédito para avaliar os fatores que tornam a cidade de Arujá, dentro da Região do Alto Tietê, um grande potencial para os investimentos empresariais. A análise, que será publicada aqui, em seções quinzenais, partiu das seguintes premissas:


  • Localização e Logística; 
  • Informações Econômicas (PIB, Comércio Exterior, Mercado Consumidor, Perfil das empresas instaladas no município,Áreas Empresariais, Potencial Agroecoturístico, etc.);
  • Dados Sociais (Educação, Saúde, Pobreza, Cultura, Esporte, Lazer etc.);
  • Infraestrutura (Saneamento Básico, Energia Elétrica, Mobilidade Urbana, Serviços de Comunicação, Malha Viária);
  • Estruturas de Apoio e Atendimento aos Empresários.

Por que Investir em Arujá?

  1. Seu IDH é o maior da Região do Alto Tietê e está na 100ª posição dentre os 5.565 municípios do país;
  2. Está às margens da Rodovia Presidente Dutra e do Rodoanel (Trechos Leste e Norte, construção), tendo-se acesso às principais rodovias estaduais e federais;
  3. Localização privilegiada, próxima a capital de São Paulo, Aeroportos de Guarulhos e Congonhas, Portos de Santos e São Sebastião, Vale do Paraíba e Litoral;
  4. Por estar inserida na Região Metropolitana de São Paulo, ao lado da cidade de Guarulhos, possui um forte dinamismo industrial, mão-de-obra qualificada e infraestrutura na educação e saúde;
  5. Possui Condomínios Industriais e Prédios Comerciais com infraestrutura moderna;
  6. Detém o maior crescimento econômico dos últimos dez anos da base do IBGE (2003-2012), dentre os municípios da Região do Alto Tietê;
  7. Na Região do Alto Tietê, possui o maior rendimento médio dentre trabalhadores (acima de 18 anos);
  8. 65,4% da População ganha entre 2 e 3 salário mínimos;
  9. Mercado consumidor de R$ 1,33 bilhão;
  10. Alto Potencial Agroecoturístico, dada sua área manancial de 51 km²;
  11. Abriga Condomínios Residenciais de Alto Padrão;
  12. Rede de Educação composta por Escolas de Ensino Fundamental, Médio, Técnico e Superior;
  13. A expectativa de vida de sua população é alta.
  14. Detém baixíssima taxa de mortalidade infantil.
  15. Possui taxa de alfabetização superior a 95 %.
  16. A cidade apresenta uma natureza exuberante, a qual lhe rendeu o título de “Cidade-Natureza”;
  17. Apresenta infraestrutura básica: 100% do lixo coletado, 96% das residências com abastecimento de água e 58,30% do esgoto tratado;
  18. Tem uma rede de hotel em expansão, sobretudo com o anúncio da construção do Hotel Ibis.
  19. Abriga sítios, clubes de lazer e esportes, alguns entre os melhores do país;
  20. É uma cidade segura para se morar, trabalhar e viver;
  21. Promove ações sociais para inserir os jovens no mercado de trabalho;
  22. Possui empresas dos mais variados setores econômicos.



Por que Investir em Arujá? (Clique na Imagem para Ampliar)


Caio Araújo é Economista, Sócio da Consultoria Grupo Meu Negócio. Morador de Arujá, SP.










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terça-feira, 14 de abril de 2015

Turismo na Cidade Natureza: Potencial Não Utilizado.

A alcunha de “Cidade Natureza” conferida a Arujá tem uma conotação histórica, por conta da disseminação da cultura japonesa de preservação ao meio ambiente, mas também aponta (querendo ou não) seu posicionamento estratégico, o qual foi balizador, por exemplo, para sua divisão territorial.
Com uma rica área de manancial de mais 49 km², composta por fauna e flora exuberantes, o município vem cumprindo seu papel na defesa da natureza, porém não se atinou para o alto potencial que esta faixa territorial detém, sobretudo, no que tange ao Turismo Rural e Ecológico (Agroecoturismo), Turismo de Aventura e Turismo Cultural, que são totalmente compatíveis com a Lei de Proteção de Áreas de Manancial e possuem alta demanda dos grandes centros urbanos (os quais Arujá possui proximidade e fácil acesso).
 Em seu estudo, Turismo e Lazer em Áreas Periurbanas de Proteção de Mananciais: território, paisagem e multifuncionalidade, FRANCA et al. (2009, p.01) afirma que “o turismo no meio rural (...) constitui-se numa forma de valorização do território, pois ao mesmo tempo em que depende da gestão do espaço local e rural para o seu sucesso, contribui para a proteção do ambiente e para a conservação do patrimônio natural, histórico e cultural do meio rural.”
Nesta ótica, têm-se as atividades, a saber: os parques naturais, spas rurais, caminhadas, visitas a museus, igrejas, monumentos, construções históricas, paisagens cênicas e a ambientes naturais, a gastronomia local, hotéis-fazenda, fazendas-hotel, esportes ligados à natureza, segundas residências, condomínios rurais de segunda moradia, etc (FRANCA et al, 2009).
Em síntese, esta política de turismo torna-se “um instrumento de estímulo à gestão e ao uso sustentável do espaço local, que deve beneficiar, prioritariamente, a população local direta e indiretamente” FRANCA et al. (2009, p.01).
O fluxo turístico e cultural fortaleceria o comércio e os serviços locais como, por exemplo, o projeto Circuito Gastronômico e artesanato, criando-se também alternativas para a inserção de atividades ligadas a economia criativa, gerando-se renda e mais empregos para a população arujaense.

Entretanto, deve-se destacar que a inserção desta política precisa ser alicerçada em um Planejamento Turístico, o qual realize a integração com as outras atividades do meio rural. 
Urge a necessidade de Arujá ter um Plano Diretor de Turismo, pois o fato da cidade natureza não ter sequer um parque, por exemplo, talvez, aponte para uma falha no "direcionamento estratégico". 


Caio Araújo é Economista, Sócio da Consultoria Grupo Meu Negócio. Morador de Arujá, SP.

Cachoeira de Ouro Fino - Arujá. Crédito: Patrícia Mamoni

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